Doce tempo antigo, onde criança não tinha de se preocupar com calorias.
Onde a brincadeira de ganhar os pacotinhos repletos de guloseimas de Cosme e Damião, cada uma melhor que a outra ( para nós crianças, até doce de abóbora era divino, rs), significava apenas adoçar o coração.
Que se viam pelas ruas revoadas de crianças rindo a valer, sem se preocupar com a hora do curso de inglês, da informática , do judô, da natação o balé, ou qualquer outra atividade, pois a hora era brincar apenas. Tem coisa mais saudável no mundo que ficar umas horas sem a preocupação de pensar? Era o pobre, o rico, o remediado, todos apostando quem ia ganhar mais cocada, mais chiclete bola, suspiro, mariola, pirulito, língua de sogra e bala juquinha.
Hoje , junto com o progresso, vem o excesso, vem os infinitos “nãos”, não pode comer isso, não pode fazer aquilo. As desculpas formais são a religião, a dieta, a estética dos dentes, é o perigo das ruas, é o medo da desigualdade. Pensa-se demais, e mal. Seria melhor se aceitassem como antigamente, que é bom para Saúde ficar sem pensar um pouco, sem julgar, sem esse excesso de medos, cuidados e preconceitos.
Desvinculando-se de promessas, de interpretações preconceituosas, dar e receber doces uma vez por ano, seja por qual motivo for, sempre foi atividade saudável, porque não há melhores remédios no mundo que doar-se, e sentir-se feliz ao receber.
O coração é um órgão exigente e muito sensível. Ele sente muita dor com as aflições do mundo, quando está desnutrido de Amor. Ele também fica doente com o azedume ao redor, com a intolerância, com a pressa, com a indiferença. Adoçar o coração é abastecê-lo para ações vindouras. Criança que cresce com o coração doce, será uma pessoa leve e equilibrada.
È necessário que o excesso de tecnologia e conceitos não toldem o bom senso, nem a liberdade de ser feliz.
Então, nem que seja uma vez por ano, que venham os doces!!!!!!!!!!!
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
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