A PROPAGANDA DA SADIA É UMA REDUNDÂNCIA E AINDA PODE TRAZER PREOCUPAÇÃO INFUNDADA À POPULAÇÃO

 

 

 

 As leis brasileiras em relação à qualidade dos alimentos e vigilância sanitária são das mais rígidas e completas do mundo. Ocorre que no imaginário do povo brasileiro fixou-se o mito que a carne e o frango têm hormônio. Não é fato.

 

 Os produtos de origem animal industrializados passam pelo Serviço de Inspeção Sanitária Federal, e adquirem um selo (SIF) que garante a qualidade dos alimentos.

 

 Hoje em dia a excelente performance dos animais de produção, com índice de crescimento e ganho de peso acelerado, vem de criteriosa seleção genética, e uma alimentação balanceada, com nutrientes específicos não hormonais e sem conservantes. Qualquer indústria tem acesso a esta tecnologia, e cada uma faz uso de pesquisas para melhorar cada vez mais a produtividade.

 

 E principalmente, porque há Leis Federais que há anos estão em vigor, que proíbem o uso de hormônios ou conservantes,  como a Instrução Normativa no 17 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 18 de junho de 2004, em relação às aves, assim como já existia em relação à criação de bovinos, a proibição do uso de hormônios e anabolizantes através da Instrução Normativa no 10, de 27 de abril de 2001.

 

 Além de realmente ser um mito, a adição de hormônios para o incremento da produção de aves, não tem fundamento, pois não funciona com este objetivo. As indústrias têm investido com sucesso em quatro condições primordiais e não por acaso o Brasil está entre os maiores produtores e exportadores do mundo. São as seguintes as condições do sucesso: genética; ambiência; nutrição ; higiene e sanidade.

 

 Portanto, usar uma falácia para vender carne de frango sobre a ausência do uso de hormônios, mostra que o departamento de marketing da empresa está pelo menos desatualizado e em desajuste com as Boas Práticas de Produção, com as  técnicas utilizando o Bem Estar, os avanços em genética e medidas sanitárias, e principalmente, com as Leis vigentes. Teria sido muito mais válido investir nestes aspectos, mas preferiram reforçar erroneamente mitos que eram para ter sido extintos há tempos.

 

Alex Hudson
Rio Bonito - RJ