quarta-feira, fevereiro 05, 2020

VIGILÂNCIA SANITÁRIA DETERMINA INTERDIÇÃO DE ÁGUA MINERAL DE RIO BONITO

Vigilância Sanitária municipal determina interdição da água mineral Ipanema em galão de 20 litros


A Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses, da Secretaria municipal de Saúde, determinou a interdição cautelar da água mineral da marca Ipanema, vendida em galão de 20 litros, de responsabilidade da Aqua Glass Indústria e Comércio de Água Mineral Ltda. A empresa fica localizada em Rio Bonito (RJ). A decisão — válida para o município do Rio — tomou como base o laudo de análise 828.1P.0/2020, emitido pelo Laboratório Municipal de Saúde Pública, que considerou o resultado insatisfatório.

Segundo o órgão, havia presença de bactérias (coliformes totais e pseudomonas), indícios da falta adequada de higiene dos galões e, por consequência, contaminação do produto. A interdição cautelar afeta os lotes fabricados desde 22 de janeiro.


A ação da Vigilância foi organizada a partir de queixa recebida por meio da Central 1746. O problema ganhou visibilidade com a denúncia de um consumidor que comprou um galão de água num estabelecimento em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e percebeu que tinha cor amarelada e cheiro forte. A informação foi divulgada à época pela BandNews FM.

De acordo com a Vigilância, no local, a equipe apreendeu 15 unidades do produto, com cinco galões mantidos no estabelecimento para a contraprova e dez levados para o laboratório localizado em São Cristóvão.

"Essas bactérias são oportunistas e podem causar infecções em pessoas com baixa resistência. Por isso, como medida de prevenção aos riscos à saúde do consumidor, adotamos a interdição cautelar até que todo o processo seja encerrado", explicou a médica-veterinária Aline Borges, coordenadora de Alimentos da Vigilância do Rio.

Vale lembrar que o galão é uma embalagem reutilizada com validade de três anos.

Empresa será notificada

Nesta quarta-feira, a Vigilância vai notificar a Aqua Glass Indústria e Comércio de Água Mineral Ltda., que terá até dez dias para solicitar defesa e perícia de contraprova. "Como a empresa fica em outro município, a Vigilância Sanitária do estado será acionada para que a inspeção seja realizada na fonte", informou o órgão.

Os estabelecimentos comerciais que vendem a marca deverão retirar o produto das prateleiras, até que a comercialização seja liberada ou os galões sejam definitivamente recolhidos pelo distribuidor. As informações constam da Portaria 527, publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (dia 5).

Quem descumprir a determinação estará sujeito a penalidades (apreensão, suspensão ou proibição de venda, propaganda ou fabricação do produto, multa, interdição ou cassação de registro ou licenciamento).

Ainda de acordo com a portaria. agentes de fiscalização sanitária deverão inspecionar os estabelecimentos para verificar o cumprimento da determinação.

O EXTRA ainda não conseguiu contato com um responsável pela empresa.

Orientações da Vigilância

- O produto deve ser armazenado em local fresco e ventilado. Se a luz solar incidir diretamente sobre o produto, pode causar alteração na coloração, influenciando na qualidade do material de embalagem e podendo facilitar a contaminação por agente externo.

- A água não pode ser armazenada perto de produtos como detergentes e outros usados para a higienização domiciliar ou em locais que comercializem produtos voláteis, como postos de gasolina.

- Nos estabelecimentos comerciais, o produto deve estar exposto ou armazenado sobre prateleiras ou pallets, nunca sobre o piso.

- O consumidor deve sempre verificar a rotulagem e o prazo de validade.

- Se o consumidor identificar sabor ou odor na água adquirida, deve fazer o registro na Central 1746 e guardar a embalagem com o produto para que a Vigilância possa rastrear o fornecedor e os lotes.

Fonte: Jornal Extra






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