Estes dias, lendo o jornal, vi que chefes de estado árabes ainda constroem palácios de meio bilhão de euros (vários, em série) . E que na África a fome continua a matar sem tréguas, quando não são as minas subterrâneas esquecidas, de guerras vãs.
Vejo que os salários dos representantes de nossos ministérios subiu além dos limites permitidos por Lei, e às vezes mal tenho os tres reais para o açúcar que subiu absurdamente .
Tento acompanhar o sobe e desce das Bolsas de valores, desastres iminentes pelo mundo, mas ao redor de mim, seria bom a rede de esgoto e a escola para todos.
Os políticos estão se mobilizando para melhorar o nível de atendimento à Saúde, mas os pobres ainda perambulam por filas intermináveis.
Vou andando e pago um almoço para alguem que sempre vejo com fome, sem condição de conseguir seu prato de comida, igualzinho à foto que vi da moça grega sentada na calçada, mão estendida, só que lá é um país de primeiro mundo....
Tenho prestado atenção na iniciativa dos megamilionários, como o Elke Batista, dando milhões a um Hospital, de modo simples e sincero. Mas não é preciso ser multiilionário para fazer a caridade. A caridade começa aceitando o mau humor do outro, sem virar briga; escutar cantilenas de reclamação e tentar minimizar a virulência das palavras. A caridade pode ser o silencio, o olhar, a presença, ou até mesma a ausência.
Mas a bondade é algo que nasce da sensibilidade, não de estatus econômico. A noção de igualdade sem preconceitos ou fronteiras vem com a maturidade e a compreensão profunda de Humanidade.
Não são títulos honoríficos, ou diplomas que salvarão o planeta. Elas servem para alavancar idéias e multiplicar oportunidades, mas o trabalho braçal é da massa, é do povo, que poderia ficar satisfeito por ajudar , numa verdadeira revolução de Paz, muito diferente daquelas que já sacudiram a Terra.
O Brasil em 2009 obteve a pontuação de 0,52 no índice Gini (que mede a desigualdade de renda). Quanto mais próximo de 1(um), maior a desigualdade. O Brasil é a 8ª nação mais desigual do mundo.
Hoje, os governos investem nas pessoas , na maior parte do tempo, para que elas possam competir e vencer no mercado. Não é uma ajuda por eles mesmos, mas no potencial de produzir e gerar capital. Este pensamento acaba sendo perverso, pois há mais chance de vencer quem está nos locais onde há mais concentração de renda, logo, maiores condições de consumo.
No Brasil, 1/3 dos seus quase duzentos milhões de habitantes têm condições de educação e vida comparáveis a um país europeu. Outro terço é profundamente modesto, comparável aos mais pobres padrões afroasiáticos. O terço intermediário se aproxima mais do infeiror do que do superior. Um PIB alto, mas os impostos altos tambem, e uma renda per capita desigual, sendo muito baixa nos estados do Norte e Nordeste e interior da maioria das capitais. Isto gera tensões nas áreas limítrofes e com concentração mínima de renda, onde ainda há ecos do apelo consumista, mas onde não há investimentos, gerando baixa escolaridade, fome, violência, e uma série de desajustes.
Fraternidade, Liberdade, Igualdade, reverberam essas palavras pelos quatro cantos do mundo, mas ainda não chegamos lá.
Alex Hudson
Rio Bonito – RJ
P.S.: Eu não sou escritor, sou apenas um cidadão que vejo e escuto, tudo e todos e tenho um sonho, sou brasileiro, sou sonhador, mas tudo que descrevo acima é parte do meu CORAÇÃO e nada mais...
quarta-feira, setembro 14, 2011
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