quarta-feira, setembro 14, 2011

Estes dias, lendo o jornal, vi que chefes de estado árabes ainda constroem palácios de meio bilhão de euros (vários, em série) . E que na África a fome continua a matar sem tréguas, quando não são as minas subterrâneas esquecidas, de guerras vãs.

Vejo que os salários dos representantes de nossos ministérios subiu além dos limites permitidos por Lei, e às vezes mal tenho os tres reais para o açúcar que subiu absurdamente .

Tento acompanhar o sobe e desce das Bolsas de valores, desastres iminentes pelo mundo, mas ao redor de mim, seria bom a rede de esgoto e a escola para todos.

Os políticos estão se mobilizando para melhorar o nível de atendimento à Saúde, mas os pobres ainda perambulam por filas intermináveis.

Vou andando e pago um almoço para alguem que sempre vejo com fome, sem condição de conseguir seu prato de comida, igualzinho à foto que vi da moça grega sentada na calçada, mão estendida, só que lá é um país de primeiro mundo....

Tenho prestado atenção na iniciativa dos megamilionários, como o Elke Batista, dando milhões a um Hospital, de modo simples e sincero. Mas não é preciso ser multiilionário para fazer a caridade. A caridade começa aceitando o mau humor do outro, sem virar briga; escutar cantilenas de reclamação e tentar minimizar a virulência das palavras. A caridade pode ser o silencio, o olhar, a presença, ou até mesma a ausência.

Mas a bondade é algo que nasce da sensibilidade, não de estatus econômico. A noção de igualdade sem preconceitos ou fronteiras vem com a maturidade e a compreensão profunda de Humanidade.

Não são títulos honoríficos, ou diplomas que salvarão o planeta. Elas servem para alavancar idéias e multiplicar oportunidades, mas o trabalho braçal é da massa, é do povo, que poderia ficar satisfeito por ajudar , numa verdadeira revolução de Paz, muito diferente daquelas que já sacudiram a Terra.

O Brasil em 2009 obteve a pontuação de 0,52 no índice Gini (que mede a desigualdade de renda). Quanto mais próximo de 1(um), maior a desigualdade. O Brasil é a 8ª nação mais desigual do mundo.

Hoje, os governos investem nas pessoas , na maior parte do tempo, para que elas possam competir e vencer no mercado. Não é uma ajuda por eles mesmos, mas no potencial de produzir e gerar capital. Este pensamento acaba sendo perverso, pois há mais chance de vencer quem está nos locais onde há mais concentração de renda, logo, maiores condições de consumo.

No Brasil, 1/3 dos seus quase duzentos milhões de habitantes têm condições de educação e vida comparáveis a um país europeu. Outro terço é profundamente modesto, comparável aos mais pobres padrões afroasiáticos. O terço intermediário se aproxima mais do infeiror do que do superior. Um PIB alto, mas os impostos altos tambem, e uma renda per capita desigual, sendo muito baixa nos estados do Norte e Nordeste e interior da maioria das capitais. Isto gera tensões nas áreas limítrofes e com concentração mínima de renda, onde ainda há ecos do apelo consumista, mas onde não há investimentos, gerando baixa escolaridade, fome, violência, e uma série de desajustes.

Fraternidade, Liberdade, Igualdade, reverberam essas palavras pelos quatro cantos do mundo, mas ainda não chegamos lá.

Alex Hudson
Rio Bonito – RJ

P.S.: Eu não sou escritor, sou apenas um cidadão que vejo e escuto, tudo e todos e tenho um sonho, sou brasileiro, sou sonhador, mas tudo que descrevo acima é parte do meu CORAÇÃO e nada mais...

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)