quarta-feira, novembro 16, 2011





Durante anos temos sido expectadores estupefatos de inúmeros atos condenáveis, para não dizer, desonestos, que desfilam ao nosso redor, nos jornais, na TV, e também bem perto de nós.

Durante anos nossos ombros foram se arqueando pelos sentimentos de fragilidade, inaptidão e indignação diante de tanta desfaçatez.

Mas parecem que recentemente ventos têm soprado, trazendo justiça, varrendo sujeiras, de Norte a Sul do planeta. Os que erram estão sendo julgados e punidos, num momento exemplar de como é possível a justiça funcionar e fazer valer sua força.

Parece que há muitos cansando de tanta roubalheira, tanta avidez, tanta usurpação, e abandonando este navio agora frágil chamado corrupção. Os que estavam comandando e aproveitando da abundância farta e ilusória, serão os primeiros a responder por seus atos.

Estas poucas linhas que se seguem, não têm a intenção de intriga. È antes de tudo a vontade que sinto de mostrar que a nossa Justiça funciona e a impunidade está sendo finalmente combatida de fato.

Escrevi até aqui de forma generalizada, pois os fatos estão ocorrendo em muitos lugares. Mas vou me ater ao que interessa, a nós, o nosso dia a dia, a nossa cidade, que também já sofreu espoliação com a conivência de servidores públicos.

É difícil desmontar um pardieiro de ações erradas que se acumulam, e onde uma ação errada acontece para encobrir outra e assim por diante até formar uma gigantesca torre de Babel.

Mas o Ministério Público agiu exemplarmente ao condenar alguns réus conhecidos nossos, por atos de improbidade administrativa, além de pedidos de anulação de atos administrativos praticados em procedimento licitatório, e ainda reparação de danos ao patrimônio público, além de condenar ao pagamento de honorários advocatícios em favor do Fundo Especial do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Isto é fato, e ocorreu no dia 27 passado e hoje tive acesso as informações, em 1ª instância, na Sede do Poder Jurídico do Estado do Rio de Janeiro, contra a agora ex-deputada federal ( assim sendo não tem mais a tal imunidade parlamentar) e a Empresa EMPREITERB Empreiteira Ltda., além de seu sócio gerente.

Terão de ressarcir R$ 480.000,00, além de ter seus bens indisponíveis, sendo obrigados a apresentar as últimas sete declarações de renda. Também foi decretado quebra do sigilo bancário dos já citados.

Ainda, a ex-deputada Solange Pereira de Almeida e sócio da EMPREITERB tiveram seus direitos políticos suspensos por no mínimo 5 e no máximo 8 anos, fundamentado na Lei 8429/92, art.12, II.

O Ministério Público então reconheceu como improbidade administrativa o contrato realizado quanto à prestação de serviços de limpeza urbana. A causa foi que feriram a Lei 8.666/1993, art. 23 & 55, ao haver a prática de fracionamento indevido de licitação no mesmo exercício, para a contratação de limpeza urbana, dos quais, sucessivamente, foram licitados pela modalidade de convite e tomadas de preço, nos valores respectivos de R$ 70.752,00 e R$ 646.272,00, sendo certo que somados tais valores, o procedimento recairia na modalidade licitatória mais complexa, isto é, a modalidade da concorrência.

As medidas punitivas também alcançaram o responsável pela EMPREITERB Empreiteira LTDA., que anteriormente era na verdade, uma videolocadora, antes dos procedimentos licitatórios fraudulentos. Esta transmudação de videolocadora em empresa de limpeza urbana utilizou-se de um “laranja” para viabilizar esta sociedade ligada à empresa, e tal transmudação ocorreu apenas 4 dias antes do início da licitação. Para agravar o quadro, não abriu Conta bancária obrigatória, configurando-se atitude suspeita para evitar rastreablidade.

Feriu-se o princípio da Impessoalidade, onde o que se deve respeitar antes de tudo é o interesse público, e isso não ocorreu. Também foi violado o princípio da Moralidade ( frise-se bem - moralidade política - não estamos falando de moralidade pessoal) em relação à administração (moralidade administrativa, art. 37 da Constituição Federal), que deve SAE atuar sempre no interesse público.

Ainda à reboque do já comentado acima, prosseguem as acusações como enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário público e atentado aos princípios da administração pública.

Assim, aí está: a ex-deputada Solange Almeida plantou ventos, colheu tempestades. Durante sua atuação como Deputada Federal preferiu atuar longe de sua escolha vocacional a Medicina Veterinária. Foram inúmeras as realizações do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CMFV) junto a outros políticos do cenário atual, nacional e internacional, médicos veterinários, e também não médicos que abraçaram as causas e pleitos do CFMV. Percebe-se sua atuação nesta classe, apenas em relação ao estabelecimento do SIMPLES, para donos de clínicas e hospitais veterinários, isto é , empresários, e não os médicos veterinários sofridos, lutando pelo pão de cada dia.

Tinha tudo para marcar sua passagem com estrelas, mas o que vemos, são apenas sombras.

Novamente quero expressar que não estou tripudiando sobre estas pessoas, mas a verdade e a justiça, esta temos que divulgar sempre.


E Touché! Viva a Justiça!


Alex Hudson
Rio Bonito - RJ

P.S.: Por que os meios de comunicação de nossa cidade ainda não divulgaram sobre o assunto?





Fonte Consultada:

Nada mais, nada menos que o processo que deu origem a tudo isso.

PODER JUDICIÁRIO - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

OBS.: Acesse Ver íntegra do(a) Sentença

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)