Está ocorrendo uma febre a respeito de preservação ambiental, no entanto, antes de cantarmos loas, e acharmos tudo “muito legal”, que tal termos um pouco de trabalho e pesquisar a respeito? Conhecimento e esclarecimento nunca são demais.
Por exemplo, desde 2009 a Europa iniciou um programa para a retirada gradual de lâmpadas incandecentes, em favor das lampadas domésticas fluorescentes (compactas). Com isso, a alegação foi diminuição do efeito estufa, já que a lâmpada tradicional (incandecente) gera enegia elétrica junto com muito calor.
A introdução das lâmpadas fluorecentes domésticas, do mesmo tamanho das anteriores, com potencia bem maior e maior poder de iluminação, teria ainda a vantagem de maior durabilidade. Embora bem mais caras, a longo prazo seu uso significa economia de energia, não dispêncio de calor para a atmosfera, mas a durabilidade, na prática, deixa a desejar. Muito mais frequentemente do que desejaríamos, temos de trocar estas tambem. Na maioria das vezes, esquecemos de guardar nota e embalagem, para poder trocar como eles apregoam, em caso de queima antes do tempo preconizado.....
Continuando, ocorre que entre os materiais contidos em uma lâmpada fluorescente, o mais famoso é o mercúrio; mas há outros quase 40 elementos químicos presentes — como chumbo, silício, bário, zinco, tungstênio e argônio, com diferentes graus de toxicidade. O mercúrio preocupa especialmente pelo fato de se acumular no corpo humano: uma vez absorvido, não pode ser eliminado. O acúmulo de mercúrio afeta o sistema nervoso e o cérebro, causa dormência nos membros, fraquezas musculares, deficiências visuais, dificuldades de fala, paralisia, deformidades e pode levar à morte. O envenenamento provocado pela acumulação de mercúrio chama-se Mal de Minamata — por ter sido detectada nessa cidade japonesa, em 1965. Minamata fica na ilha de Kyushu. O mercúrio lançado na Baía de Minamata por uma fábrica de fertilizantes contaminou os peixes da área, base da alimentação dos moradores da cidade. Mais de 900 pessoas morreram ali.
Ainda chamamos atenção para uma pesquisa de 2001, pela Unicamp. Foi constatado que lâmpadas fluorescentes compactas são assim: consomem menos, mas “poluem” infinitamente mais a rede elétrica. Esta “poluição” certamente se reflete numa maior distorção da tensão presente na rede elétrica, podendo ainda levar ao surgimento de fenômenos ainda mais graves, afetando o funcionamento de outros aparelhos ligados à rede, além de introduzir perdas. De lá para cá podem ter melhorado, mas o fato é que em residencias com fiação antiga, acidentes e curtos são comuns quando todos os aposentos passam a ser iluminados com as lãmpadas fluorescentes compactas, e se torna necessário modificá-la e adaptá-la.
Em nosso país, já estão avançando as decisões em relação a proteção ambiental. No entanto, precisam ser mais divulgadas. Vamos ver em relação ao nosso estado:
GOVERNADOR REGULAMENTA LEI SOBRE DESCARTE DE LÂMPADA FLUORESCENTE
18/ 03/ 2009
“Apesar de ajudar a reduzir o gasto de energia elétrica, as lâmpadas fluorescentes, quando descartadas de forma inadequada, são altamente nocivas ao meio ambiente e à saúde humana. O Diário Oficial de hoje (18/03) publicou o decreto que regulamenta a Lei n° 5.131, que começou a vigorar e estabelece as normas de descarte desse insumo.
Fabricantes, distribuidores, importadores, revendedores e comerciantes de lâmpadas fluorescentes do Estado do Rio de Janeiro ficam obrigados a disponibilizar recipientes adequados para o produto e providenciar o descarte em local apropriado ou enviá-los para reciclagem.
Para evitar que sejam confundidas, as embalagens de lâmpadas usadas devem ser identificadas. O produto deverá ser mantido intacto de forma a evitar vazamento de substâncias tóxicas até o descarte.
Não deverão ser introduzidos pinos de contato elétrico nas lâmpadas para evitar vazamento de mercúrio.
O transporte de lâmpadas fluorescentes tipo tubo deverá ser feito em recipiente adequado de metálico ou de madeira. As lâmpadas tipo bulbo ou circulares (de vapor de mercúrio, vapor de sódio, luz mista ou similar) poderá ser feito em tambores.
As empresas públicas ou privadas, concessionárias de energia e empresas de iluminação usuárias de lâmpadas fluorescentes que contém mercúrio ficam obrigadas a adotas as medidas de segurança para o descarte do material.
Os estabelecimentos que servirão de pontos de coleta deverão afixar, em locais visíveis e de modo explícito, informações para alertar e conscientizar o usuário sobre a importância e a necessidade do descarte correto das lâmpadas para evitar a contaminação do meio ambiente e garantir a proteção da saúde humana.
Os estabelecimentos poderão desenvolver um programa de educação ambiental para conscientizar os funcionários quanto aos cuidados que devem ser tomados no manuseio do produto, sobretudo se a lâmpada estiver quebrada.
Em caso de quebra acidental, o local deverá ser aspirado e os cacos coletados e depositados em embalagem estanque, de preferência lacrada, a fim de evitar a evaporação do mercúrio liberado. O operário responsável pela limpeza do local deverá usar equipamento de segurança apropriado.
O Instituto Estadual de Ambiente – INEA – é órgão competente para exercer o poder de polícia administrativa, fiscalizando o cumprimento das determinações do decreto e aplicando as multas previstas.”
( Ascom Palácio)
O que é importante é que cada cidadão tenha a iniciativa de cobrar da administração do município, ações efetivas para o recolhimento do lixo contaminante, não somente de lâmpadas como também de resíduos hospitalares.
Abaixo, algumas Verdades sobre as lâmpadas compactas fluorescentes:
- o mercúrio é prejudicial à saúde e ao meio ambiente;
- uma lâmpada fluorescente compacta contém de 4 a 5 mg de mercúrio.
Alguns modelos mais recentes reduziram o conteúdo de mercúrio a
pouco menos de 2 mg por lâmpada;
- enquanto intacta, esse tipo de lâmpada não oferece nenhum risco à
saúde das pessoas;
- quando o bulbo é quebrado a quantidade liberada de mercúrio é muito
pequena e não oferece riscos à saúde. Mesmo assim, cuidados
devem ser tomados para recolher os pedaços de vidro espalhados
pelo chão;
- grande quantidade de lâmpadas fluorescentes compactas lançadas
no lixo aumenta o risco de contaminação do meio ambiente;
AGINDO NA FRENTE
Em 2003, foi criada em São Paulo, uma empresa chamada TRAMPPO, no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), sediado no prédio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) na Cidade Universitária da USP, conseguindo sua licença de operação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). O sistema de descontaminação e reciclagem de lâmpadas da Tramppo obedece aos princípios de sustentabilidade e de produção mais limpa. O equipamento, totalmente projetado e desenvolvido na empresa, separa os componentes da lâmpada – vidro, mercúrio, pó fosfórico e terminais de alumínio – e os torna disponíveis como matéria-prima para reutilização em vários tipos de indústria. A reciclagem ocorre de forma completa sem a necessidade de descartes em aterros, reduzindo o volume de lixo gerado e, principalmente, evitando a contaminação do meio ambiente. A qualidade do processo é garantida por testes feitos na própria empresa e também conta com a validação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), parceiro estratégico da Tramppo. Para cada lote de lâmpadas destinadas à reciclagem, a empresa fornecedora das lâmpadas usadas recebe um Certificado de Descontaminação, Reciclagem e Descarte Correto.
E OUTRAS ALTERNATIVAS?
Mas tambem, porque não investir no aperfeiçoamento e barateamento das lâmpadas halógenas-dicróicas (leds)? São lâmpadas modernas, de pequenas dimensões que emitem um facho de luz cerca de 60% mais frio que o das lâmpadas refletoras conencionais de mesmo fluxo luminoso. Despreendem menos watts para o mesmo grau de iluminação, o que resulta em 50 a 60% de economia de energia, além do dobro da vida útil.
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
Fontes consultadas:
Brasil News
Deutsche Welle
Pesquisa FAPESP Online
CEPA - Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada
INEA - Instituto Estadual do Ambiente
Quatrocantos.com
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sexta-feira, janeiro 20, 2012
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foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.
A.D.
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.
Alex Hudson
(27/11/2011)
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