sexta-feira, janeiro 06, 2012

O que é o Mal de Alzheimer?


O mal de Alzheimer (ou doença de Alzheimer) foi descrito pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer. É uma doença degenerativa, no momento ainda incurável, embora os tratamentos usados para tratá-la possam minorar os sintomas e melhorar a saúde, retardando o declínio cognitivo e controlando as alterações do comportamento.


O mal de Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil em pessoas idosas. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos, 6% aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.


Caracteriza-se por um curso inevitavelmente progressivo de perda das funções cognitivas e grandes alterações do comportamento, sobressaindo uma perda gradual da memória, que pode chegar a ser total.


Quais as causas do Mal de Alzheimer?


Ainda não se sabe exatamente as causas do mal de Alzheimer. Sabe-se que é uma doença degenerativa com alterações como o depósito de placas de proteínas amiloides (placas senis), emaranhados neurofibrilares e degeneração granulovacuolar no interior dos neurônios. Essas lesões começam no tronco cerebral e ascendem progressivamente até o córtex. As alterações próprias da doença levam também à redução de neurotransmissores cerebrais como acetilcolina, noradrenalina e serotonina.


A idade parece ser um fator de risco, uma vez que a sua incidência aumenta exponencialmente depois dos 60 anos. Ainda não foi totalmente estabelecido o papel da hereditariedade no Mal de Alzheimer.


Quais os sintomas do Mal de Alzheimer?


Em cada caso o mal de Alzheimer tem características singulares, embora haja pontos comuns entre todos eles.


O sintoma inicial mais nítido é a perda da memória de curto prazo (dificuldade em lembrar fatos recentes), à qual se seguem a diminuição da capacidade de atenção, diminuição da flexibilidade do pensamento e a perda da memória de longo prazo.


Inicialmente os sintomas costumam ser confundidos com os problemas naturais do envelhecimento, mas com a progressão da doença surgem sintomas mais específicos como confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e desligamento da realidade.


Sintomas bastante comuns, já presentes em uma primeira fase, são a apatia e a desorientação no tempo e no espaço. A pessoa pode não saber onde se encontra, nem o dia, mês ou ano em que está. Com o passar dos anos, aumenta a dificuldade em reconhecer objetos e executar os movimentos apropriados para manejá-los. Muitas vezes pode saber o nome deles, mas não saber utilizá-los ou, ao contrário, pode saber usá-los sem conseguir dizer o nome deles.


Aos poucos vai ocorrendo uma diminuição do vocabulário e maior dificuldade na fala, com empobrecimento da linguagem, resumindo-se a frases curtas, palavras isoladas ou até mesmo deixando de existir. Progressivamente, o paciente perde a capacidade de ler e escrever.


Os problemas de memória pioram com o tempo e os pacientes podem deixar de reconhecer as pessoas que lhes são familiares. Aos poucos perdem a memória de longo prazo, as alterações do comportamento se tornam cada vez mais graves e começam as manifestações de irritabilidade, instabilidade emocional e de ataques inesperados de agressividade.


Em alguns pacientes pode surgir incontinência urinária.


O julgamento ético da realidade é totalmente destruído e o paciente pode, por exemplo, ficar nu em público ou praticar atos indecorosos como se fossem naturais. Numa última etapa, o paciente torna-se dependente das pessoas que cuidam dele. Chegam a não conseguir desempenhar tarefas simples sem ajuda, como trocar de roupa, alimentar-se etc. Muitas vezes acabam por ficar acamados.


A morte, quando sobrevém, normalmente não é causada pelo mal de Alzheimer, mas por algum fator externo que o acompanha, como uma pneumonia, por exemplo.


Como o médico faz o diagnóstico do Mal de Alzheimer?


Não existe um exame específico que estabeleça o diagnóstico. A suspeita diagnóstica deve ser feita por meio de uma cuidadosa história clínica que leve em conta os sintomas e a evolução da doença.


Os exames complementares podem ser necessários muito mais para afastar outros diagnósticos e avaliar o estado geral do paciente. Os testes neuropsicológicos das funções intelectuais podem ajudar a monitorar a progressão do mal.


Qual o tratamento do Mal de Alzheimer?


Ainda não há uma cura conhecida para o mal de Alzheimer. Os tratamentos disponíveis até o momento visam desacelerar o curso da doença, assim mesmo sem muito sucesso. Alguns dos tratamentos sintomáticos utilizados estão voltados principalmente para a manutenção das funções intelectuais, qualidade de vida e atividade física.


Alguns sintomas secundários como a ansiedade, a depressão e os sintomas psicóticos, também devem ser tratados sintomaticamente com as medicações apropriadas. Além de seus efeitos próprios, os antidepressivos parecem retardar a evolução das demências.


Nos estágios avançados, precisa ser feita a escolha entre a permanência no ambiente domiciliar ou a internação em clínicas especializadas.


Qual o prognóstico do Mal de Alzheimer?


A evolução da doença no sentido de uma demência profunda parece inexorável, levando cerca de oito anos entre seu início e seu último estágio.




Fontes:

Texto: ABC.MED.BR, 2011. Mal de Alzheimer. Como ele é?
Imagem: Google Imagem
Acesso em: 6 jan. 2012.

0 comentários:

Top Mais Lidos

"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)