O POVO DE MARICÁ DISSE NÃO AO COMPERJ

Perigo! Perigo!

Não está dando mais para esconder os danos ambientais e sociais, potenciais e reais, que o COMPERJ vem trazendo. Junto a uma promessa de desenvolvimento sócioeconômico, está ocorrendo de arrasto, muito antes de seu início efetivo, uma série de denúncias de irregularidaes, desconfortos e agressões ao meio ambiente, urbano e rural, que em breve poderão se tornar irreversíveis, caso a sociedade civil das cidades envolvidas não acorde, se una e desenvolva ações que impeçam por força do seu direito de cidadania, o que leis e subterfúgios “legais” estão impondo, não levando em conta o prejuízo ao bem estar e segurança da população que até então estava ali tranquilamente, e muitos fugindo dos percalços das metrópoles.

Os dirigentes de alguns destes municípios como que parecem estar num estado de sono, suspensão de atitudes, perda dos sentidos, pois as notícias contra irregularidades estão se multiplicando, os problemas estão avançando, e nada se faz.

Aplausos para os moradores de Maricá, que impediram a instalação de um duto que deveria chamar-se ”Emissário Terrestre e Submarino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro”. Já que os instrumentos do governo local estavam plácidamente permitindo todas as atividades sem restrições, as comunidades da região, principalmente as pesqueiras, uniram-se, fizeram pesquisas particulares e chegaram a assustadoras conclusões como:

“A área marinha do PESET, demarcada entre a Pedra do Elefante e o Costão de Itacoatiara, na enseada do bananal e entorno, (onde há ocorrência de vórtices), será alvo da pluma dos efluentes contaminantes: cianetos, fenóis, óleos e graxas... (toda a tabela periódica). Biodiversidade ignorada, biodiversidade perdida! Pesca artesanal de Itaipu e Maricá também em extinção!”



Desta forma, conseguiram vetar a instalação de tal duto, mostrando a força que uma sociedade civil unida, pensante e informada pode ter.

Em relação á intalação do Complexo Petroquímico temos escutado muito sobre preocupação ambiental, em franco progresso econômico, avanço tecnológico, etc, etc. Estamos em 2012, e em 2014, logo ali, a primeira das duas refinarias que estão sendo construídas, a petroquímica, já estará funcionando, e sendo assim, desde já as medidas relativas a proteção ambiental, como o plantio de 6 milhões de árvores, educação ambiental para todos os trabalhadores do complexo, assim como de toda a indústria imobiliária que está vindo, atraída por uma aumento de população extratosférica, medidas como economia e reaproveitamento das águas, respeito ao meio ambiente de modo geral e específico, onde estão estas ações? Elas estão invisíveis, pois só estamos tendo contato com os pontos negativos que estão aparecendo.

A estrada de Sambaetiba, em itaboraí, onde ficam numerosos sítios, está intransitável em numerosos trechos, e mesmo com reiteradas reclamações, a situação não está mudando. Eu acho até que a população afetada está muito tímida, pois eles estão sofrendo desde o início do processo, mais ou menos em 2008. Quando não está tudo enlameado, atolando os carros, há uma nuvem densa de poeira sobre tudo, afetando a saúde de pessoas e animais de estimação, além de não ser possivel manter as habitações limpas. Pessoas que foram para lá em busca de uma vida melhor, estão estressadas, e sem ter outros lugares para ir, e não há previsão alguma de melhora, pois tudo tem é piorado dia a dia. Onde está o progresso aí? Vê-se é o desmatamento e o forte impacto ambiental, e nada de reflorestamento ou respeito com as pessoas nativas da região. Melhoras para quem, cara pálida?


Vamos terminando repetindo o que iniciamos, a sociedade civil tem força, mas tem que ser consciente e unida, para fazer valer os direitos e obter pelo menos o direito de viver em paz. Não queremos fazer polêmica sem razão, não queremos obliterar o progresso. Só queremos acreditar, VENDO, e não apenas ouvindo promessas, que tudo acontecerá melhorando e não obliterando a vida das pessoas e a natureza.


Alex Hudson
Rio Bonito - RJ