Continuando o estudo do excelente relatório chamado “Perfil rural/agrícola de municípios diretamente influenciados pelo COMPERJ- diagnóstico de tendências “ tivemos a oportunidade de observar que entre 1995 e 2006, a área dos establelecimentos agropecuários de Estado do Rio de Janeiro foi reduzida em cerca de 15%, segundo os Censos Agropecuários do IBGE para o período.Nos municípios relacionados ao COMPERJ, as maiores reduções foram verificadas em Rio Bonito (47,5%) e Casimiro de Abreu (34%), embora Rio Bonito ainda esteja em 2º lugar como município com maior número de estabelecimentos agropecuários, atrás apenas de Cachoeiras de Macacu.
Ocorre que Cachoeiras de Macacu possuia na época da obtenção destes dados, um forte e expressivo Sindicato de Produtores Rurais, que reividicam ativa e reinteradamente questões altamente relevantes como: qualificação continuada dos professores; horário integral para alunos da área rural, com inclusão de atividades de campo; intituição de jogos estudantis intermunicipais; acesso à informática dentro do currículo; garantir excursões com os alunos para aprimorar a formação cultural.
Ainda ali cobravam uma infra-estrutura municipal com levantamento de pontes em estradas vicinais, instalação de placas com a tonelagem permitida e identificação das rodovias municipais; manutenção dos sistemas de escoamento de águas pluviais, controle de boas condições de tráfego; inspeções em áreas sujeitas à quedas de barreiras; solicitação aos porprietários rurais que operem a manutenção das cercas e limites nas estradas vicinais; maior fiscalização de obras; medidas disciplinares sobre os loteamentos clandestinos às margens das rodovias.
Quanto às questões ambientais, há a aplicação de multas para reprimir o despejo de lixo em estradas; áreas agrícolas e pastagens; assegurar o depósito de lixo em lanchonetes e bares; instalação de sistemas de sumidouros nas áreas rurais para evitar a contaminação dos corpos hídricos; coleta de todos os resíduos agropecuários; controle do uso de agrotóxicos; e redes de esgoto com pequenas estações de tratamento;
Não conseguimos acesso ao site com a atual gestão do citado Sindicato, mas de qualquer maneira as informações obtidas oferecem um excelente “fio condutor”, para ações em nossa cidade. Todas estas metodologias nos pareceram muito eficazes, e podem ser aqui repetidas, por que não ? Podem servir de espelho de medidas a se desenvolver no nos município e quem sabe retomarem o crescimento neste setor, transformando-se em mais um ponto de apoio entre sociedade/administração pública, no tão necessitado cuidado com a preservação ambiental, com certeza ameaçada pelo acelerado progresso que vem por aí, com a ativação do pólo petroquímico, praticamente às nossas margens. No mais, é lícito cobrar, pois muitas destas medidas de alguma forma estão iseridas na Agenda 21 da Petrobrás.
Para terminar, uma pergunta, ainda dentro da Agenda 21, um item entre centenas, que é o plano para fortalecimento da Apicultura e formalização da Associação dos Apicultores de Rio Bonito. Como estará esta medida, entre tantas? Nada achei, exceto um site que não está ativado, (http://cirandas.net/associacao-dos-apicultores-de-rio-bonito). Se alguem puder informar, com certeza publicaremos aqui, pois a continuidade da apicultura necessita COM CERTEZA de um meio ambiente hígido e protegido.
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
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