quarta-feira, março 20, 2013





            A Força da Natureza na distância da minha mão.  A chuva que caiu neste final de semana, mostrou  sua fúria indomável. Pude sentir o vento e a torrente d’água apenas estendendo a mão em minha varanda.

Uma espessa cortina d’água toldando a silhueta das colinas ao longe e borrando o contorno dos telhados ao redor, e a ressonância dos trovões cortando o silencio, os clarões dos raios cortando a noite.

Assim como sentimos externamente, muitas vezes temos estas tempestades de raios e trovões dentro de nós. Com a diferença que a natureza nos deu também o raciocínio e o bom senso, de modo que possamos administrar a própria violência interna, saindo de cena até acalmar o vendaval interior, ou deixamos ele se manifestar de acordo com a necessidade do momento.

Na maioria das vezes, as tempestades internas são tão necessárias como as externas, porque lavam a estática ruim das comunicações duvidosas, deixam à mostra o cerne limpo e renovado das disposições edificantes, apagam trajetórias incorretas, influências deletérias, enfim, deixam o céu de nossas mentes mais claro e disponível  para quando o Sol voltar a brilhar.

As tempestades, mais que tudo, apontam nossa pequenez, nossos limites, demonstram também, que tais quais as a vicissitudes, elas começam e terminam, e ao cessar, parece que o mundo valoriza mais as belezas, capricha mais no reflorescer, no renovar-se, tenta refazer ainda mais aprimoradamente o que foi destruído...

Os ventos e as tempestades ainda servem para limpar a atmosfera turbulenta, as ambiências intoxicadas, as vibrações de baixa qualidade. Apagam os incêndios, derrubam construções frágeis e mal feitas, varrem escolhos, lixo e escombros.

Na hora da tempestade, externa ou interna, fiquemos observando da janela, física ou da alma, evitando nos expor em seu perigoso vórtice, mas aprendendo com ela, acompanhando sua intensidade crescente ou decrescente, seu poder, sua direção, seus objetivos. Vamos compreender o porquê de sua violência, mas aprender a contornar seu poder de destruição, canalizá-la, talvez, colocar em depósitos de água, ou de força e resoluções, administrar sua abundância e exagero para épocas de escassez.

Alex Hudson
Rio Bonito - RJ

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)