sexta-feira, março 29, 2013




Acreditamos numa verdade que aqui se faz, aqui se paga. De uma maneira ou de outra. Nem sempre o resgate das faltas morais que se comete ao outro encaminha-se pelas vias da Justiça dos homens. Há outros meios de ressarcir os erros. Também sabemos que nenhum sofrimento ocorre por acaso.

Porém, gostaria de chamar atenção que não é um erro que paga outro. Não tem sentido o quem vem chegando até nós sobre os maus tratos sofridos pelos torcedores do Coríntians presos há um mês após a morte de um torcedor boliviano. Foram arrancados, durante a noite, de suas celas na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, levados ao pátio aberto e forçados a tirar a roupa e ficaram assim durante 30 minutos e a uma temperatura próxima de zero grau.

Ainda foram levados para um cárcere – o “calabouço”, sem acesso a luz natural e desprovido de vaso sanitário, e lá permaneceram até que alguém achasse que o castigo era suficiente.

Na reportagem da Isto é desta semana está escrito: “A polícia boliviana já possui elementos suficientes para confirmar a ausência de culpa da maioria dos corintianos presos em Oruro. Se é assim, por que eles continuam detidos? Por que estão sendo torturados? Por que foram abandonados pela diplomacia brasileira? Por que o Brasil virou as costas para eles?”

           No exato momento em que o sinalizador foi disparado, alguns torcedores que mais tarde seriam presos pelos bolivianos tocavam tambores animadamente, de acordo com as imagens fornecidas. Outros que também foram arrastados para o presídio nem sequer tinham entrado no estádio quando o sinalizador foi disparado, informação que é confirmada pelos próprios policiais bolivianos. E há ainda o depoimento de um garoto de 17 anos que confessou o crime para as autoridades brasileiras (embora a autoria do disparo do sinalizador não tenha sido oficialmente confirmada pela perícia boliviana).

Citando ainda a revista “Isto é”: “Dentro do presídio, as condições são desumanas e está claro o risco de vida que os brasileiros correm”, diz Feldman, que criou um grupo na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para tratar da libertação dos torcedores corintianos. Segundo ele, é certo que, no dia 4 de abril, uma comitiva de autoridades brasileiras irá à Bolívia para negociar com a Justiça local a transferência dos torcedores para uma prisão domiciliar. Em Oruro, os advogados de defesa dos torcedores se preparam para impetrar um pedido de habeas corpus. Essa é a nova esperança que alimenta os brasileiros presos. Quando esteve na Bolívia, Feldman foi alertado sobre o “conteúdo político” da prisão dos corintianos. Seria uma espécie de retaliação ao refúgio dado pela embaixada brasileira ao senador Roger Pinto, da oposição. O parlamentar, do partido de direita Convergência Nacional (CN), responde a mais de 20 processos na Justiça boliviana por acusações que vão de corrupção à chacina de indígenas.”

È uma questão claramente arbritária, onde a maioria dos torcedores são trabalhadores autônomos e sustentam suas famílias, que estão desprovidas desde sua prisão. Vários deles estão doentes, e em más condições físicas, o que os impedirá de pronto, mesmo livres a voltar imediatamente à vida normal.

Vamos torcer para que em 4 de abril a negociação seja positiva e que a Justiça se faça, com a libertação destes brasileiros, que por certo, já aprenderam muito com a situação,inclusive muitos deles, de forma injusta em relação a este triste episódio.


Alex Hudson
Rio Bonito - RJ



Fonte de consulta:

Revista Isto É


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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)