Saúde é o que interessa, quem de remédio precisa tem pressa!
Acredito que algo anda errado no
formigueiro, pois a atual prefeita vive batendo no peito dizendo que seu carro
chefe é a saúde, mas com toda certeza não é o que estamos presenciando nas
ruas.
Hoje, estive com duas senhoras aqui
de Boa Esperança e uma delas disse: “Ei Alex, coloca lá na “nenete” o que anda
acontecendo conosco, os diabéticos de Rio Bonito”! Parei, e à medida que ouvia
tudo, fui ficando pasmo.
De acordo com a Sociedade Brasileira
de Diabetes, a Lei Federal no. 11.347 (assinada em 27 de setembro de
2006 pelo Presidente da República) está em vigor e determina que os pacientes
com diabetes recebam gratuitamente, do Sistema Único de Saúde – SUS --, os
medicamentos necessários para o tratamento, assim como os materiais exigidos
para a sua aplicação e a monitoração da glicemia capilar. O texto da
lei afirma que, para ter este direito, é preciso estar inscrito em algum
programa de educação especial em diabetes.
Na prática, a pessoa
precisa ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência e cadastrar-se como
paciente com diabetes do SUS ou do Sistema de Informação em Hipertensão e
Diabetes (Hiperdia). No mesmo local, deve-se pedir pelos medicamentos
necessários ao tratamento, prescritos pelo médico responsável em uma receita
que será ali apresentada (perceba que já há um erro, em nossa cidade estes
medicamentos são entregues, isso quando há os medicamentos, na Clinica Loyola,
deveria ser entregues nos postos de saúde próximos a residência do diabético). Caso
não seja plenamente atendido, o paciente deverá relatar o caso à ouvidoria da
Secretaria da Saúde do estado ou do município, e também na própria sede da
mesma. Se ainda assim não for atendido, em último caso, o paciente poderá
entrar com uma ação judicial exigindo o fornecimento gratuito de todos os itens
indispensáveis ao seu tratamento médico. Para tanto, precisará de um advogado,
que pode ser público (Defensoria Pública, localizada nos fóruns de cada
município) ou um profissional particular de sua confiança.
Meus amigos e amigas, a partir do
texto acima, estas pessoas têm direito
ao tratamento, orientação e a medicação.
As nossas Leis garantem aos diabéticos este direito, porém, desde de
janeiro deste ano a PMRB não tem repassado aos diabéticos da cidade tais
elementos para sua sobrevivência .E quando tem, não há para todos, de maneira
que os força até a dividir com o vizinho. Segundo o que se informa, a PMRB não
comprou em quantidade suficiente. Uma destas senhoras que estava conversando
comigo, faz uso da insulina 3 vezes ao dia, o uso das fitas então nem se fala, e
pelo que percebi não tem qualquer condição financeira para obter insulina,
seringas, agulhas e fitas reagentes senão pela gratuidade fornecida pelo
governo. Pior que ainda tem a dieta, que sempre é por conta do paciente, leite
não é qualquer um e sim o mais caro, fora algumas frutas e não pode ser
qualquer uma, ou seja, uma alimentação dispendiosa, para garantir o mínimo de
saúde ao diabético.
Se não bastasse tudo isso, ainda há o
atendimento médico que não está acontecendo de forma adequada. Cada receita tem a validade máxima de três
meses, no entanto, estas senhoras no final desta semana, há quatro meses não
são atendidas pelo médico, pois não conseguem marcar uma consulta, e estão
tentando desde inicio de janeiro. A sua
última consulta foi em novembro, e, além disso, foram pegar os medicamentos e
chegando lá a pessoa que a atendeu “quebrou o galho”, assinou atrás da receita
e autorizou a entrega, esta tal pessoa nem
médica é, isso é crime. O que me deixa muito chateado é que parece que este
atual governo pensa que os diabéticos da nossa cidade só vão ao médico para
pegar receita. È óbvio que isto não é
bem assim, são necessários exames e consultas periódicos, check ups cuidadosos,
aferição da dose de insulina em relação à glicemia, enfim mais cuidado, mais
respeito ao juramento hipocrático, mais vontade política, mais respeito às Leis
Federais.
E depois querem que eu fique
calado...
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