FEIRA OU FAVELA????
As feiras livres existem desde a Idade Romana. Através delas se sabe das notícias, participam-se as novidades, compram-se e vendem-se produtos da região.
A existência das feiras é uma forma de agregar as pessoas do bairro, de sustento para muitas famílias, de fornecimento de alimentos frescos e não industrializados.
Porém, também as feiras têm que acompanhar o tempo, e se adaptarem à evolução sanitária que acompanha os tempos de hoje. Além do mais, não se pode esquecer que o Progresso trouxe junto situações deletérias, como a doença da vaca louca, a febre aftosa, a gripe aviária, a tuberculose bovina, inúmeros vermes na carne de porco que se formam cistos no cérebro, entre outras coisas, em relação à venda de carne sem o devido controle sanitário.
Por outro lado, o Brasil se tornou o campeão no uso de agrotóxicos na produção de alimentos vegetais, sendo que alguns citam o estratosférico consumo de 5 quilos de agrotóxico por pessoa/ano!!!!!
Já não bastando estas situações acima citadas, os microorganismos estão cada vez mais resistentes e patogênicos, obrigando à Saúde Pública promulgar manuais e Leis cada vez mais rigorosos para que haja maior higiene e segurança nos alimentos consumidos.
O índice de coliformes fecais advindos de água de procedência duvidosa chega a 92%, quando o feirante hidrata as verduras e hortaliças durante as horas em que elas ficam expostas, merece ter por parte dos responsáveis pela inspeção, um cuidado de educação sanitária. Não basta punir, tem que orientar e ensinar. Se o feirante continua no erro, aí sim, deve ser punido.
As barracas, coberturas, madeira, têm de estar em boas condições, pois rasgões nas mesmas, frestas, tudo isso é um paraíso para a proliferação de fungos, vírus, bactérias, nem entrando no mérito do aspecto feio e decadente da feira como um todo, tornando-se um lugar desagradável, que em vez de atrair, afugenta a clientela.
A venda de bebidas e produtos preparados na hora, é outro risco, devido à qualidade da água utilizada para fazer o gelo, e a água para lavar os utensílios, a reciclagem do óleo das frituras, ferrugem nos materiais usados, a falta de higiene no manuseio, tudo isso parece que está sendo esquecido na feira de nossa cidade. Não que só ocorra aqui, mas se há condições de fazer melhor, porque está ficando cada vez pior?
A opção de comprar em feiras apresenta superior diversidade de alimentos como hortaliças, frutas, com preços mais acessíveis, mas se a qualidade na conservação, transporte e acondicionamento das mesmas não estiver condizente, é claro que ninguém irá comprar, levando ao prejuízo, ao descarte de enormes quantidades de alimento que poderia estar alimentando tantas pessoas carentes. E aqueles que ainda utilizam este material inutilizado vai se expor ainda mais a doenças de vários tipos.
Estudos realizados em feiras do Brasil, apontam que os principais problemas encontrados em todas as classes de venda de alimentos, foram relacionadas à higiene pessoal dos manipuladores e às condições de higiene ambiental, destacando-se a comercialização carnes e pescados em contato com madeira e animais, presença de equipamentos para pesagem enferrujados e a comercialização de hortifrutigranjeiros sem a menor qualidade. Quanto conservação das carnes demonstrou-se insatisfatória em 85% das barracas, além do comércio de carne suína e de aves sem manipulação correta.
Fora a falta de padronização das barracas e o enorme problema em relação ao destino do lixo gerados após o término das feiras.
Se há tantos problemas por nosso Brasil afora, e todos estes poderiam estar sendo sanados, no caso da feira de nossa cidade, chega às margens do escândalo. Como diz o famoso bordão: “ISTO É UMA VERGONHA!!!!”
Gostaria de fazer quanto a isso uma observação. Reformas e investimentos são necessários para trazer benefícios à população. Se o que quer a atual prefeita é agir na saúde, então que ela faça valer uma ação verdadeira, e falando à nível de feira, posso repassar a ela o que passei aos outros candidatos a prefeito desta cidade. É simples, cubra a rua do primeiro ao ultimo box (externo) com telhas coloniais, faça um piso que suporte a passagem de veículos, de um lado ao outro, e faça balcões (tabuleiros) fixos revestidos com granito ou outra pedra, principalmente onde irão ficar as mercadorias. O local poderá ainda servir como estacionamento durante a semana, mas poderemos ter outros dias com feiras no local, além é claro, da PMRB começar a incentivar o pequeno produtor a levar suas mercadorias até o centro da cidade.
Para dizer a verdade, atualmente ali não temos mais nenhum produtor rural, e sim especuladores de produtos rurais. E se alguém falar que feiras são itinerantes, basta ler o decreto que criou aquela feira, aliás não era nem mesmo para ser chamado de feira e sim de Mercado do Produtor Rural de Rio Bonito, procurem aí, foi um decreto de 1967.
Com transporte de graça para o pequeno produtor, sementes e todos os fomentos necessários, nossa cidade irá voltar a ter produção rural, com produtos seletivos e benéficos, com preços acessíveis, resultantes naturalmente, destes benefícios ao pequeno produtor, afinal desta forma todos vão lucrar.
Fazendo um projeto bem organizado e bem amarrado em cláusulas contratuais, toda a população será beneficiada, por exemplo, poderiam ainda fomentar a piscicultura em nossa cidade, pois grandes mercados compram peixes, basta apenas adequar-se ás exigências destes, e para a PMRB seria uma forma de investir com inteligência,visando não só na alimentação saudável e barata para o povo, como também prevenção de doenças adquiridas pela criação e plantios errados, e a comercialização inadequadas dos mesmos.
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
1 comentários:
Infelizmente há pessoas que faz de tudo para desvirtuar um assunto sério que é a contaminação de alimentos, tempos atrás dezenas de pessoas foram parar no HRDV, justamente por intoxicação de alimentos, todos estão lembrado do caso da casa de lanches, mas nós aqui tentamos falar verdade e nos preocupar com o povo, mas alguns que não querem a melhoria da cidade, querem apenas que nada mude e sim que tenha continuidade ao caos que está a cidade, muitas das vezes movidos por paixões($$$$) politicas, ou ainda defendendo o seu, pensa diferente e junta mais alguns com intenções ruins ou ainda em defesa do amigo e falam o que querem, logo lembra da síndrome de Gabriela, ou seja, “Eu nasci assim, eu vivi assim...”.
As vezes fico pensando que escrever sobre esta cidade já não é mais importante, as vezes ao pensar na cidade deixo de pensar na minha vida, só que se algum eu tiver que parar de escrever sobre esta cidade eu deixarei de viver na mesma e não está longe disso acontecer, pois não consigo entender onde melhorias possam prejudicar alguém, ou ainda atrapalhar um “manguaceiro”, melhorias são para a cidade e não para alguns cidadãos, melhorias são para o bem estar e não para o bem beber, peguei ainda leve neste assunto, pois fosse para ser mais exato eu diria e fotografaria mais, ou seja, apenas para apimentar, a localidade ali da feira virou um depósito de “manguaceiros” e população de rua, parar o carro no local é correr riscos, pois policiamento e presença do poder público ali já existe a alguns anos.
Uma pessoa que não quer a melhoria da sua cidade, são pessoas que vivem das e nas condições que ele não quer que mude, pois é impossível um ser pensante não preferir o melhor, não admitir que se fosse melhor adoraria, se se preocupassem com seu bem estar tudo ficaria bem melhor, quem deseja que a merda continue fedendo é porque vive da merda e vive fedido. Então que coma merda, eu e outros queremos o melhor para nossa cidade, nossos filhos e amigos.
Alex Hudson
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