sábado, dezembro 15, 2012



                O dicionário Michaelis cita que respeito significa “ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se; aspecto ou lado por onde se encara uma questão; consideração, modo de ver, motivo, razão; apreço, atenção, consideração; acatamento, deferência, obediência. E ainda direito, justiça,razão.”

                No dicionário on line de português, acrescenta-se que respeito é o “sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência, consideração ou reverência.”

                Quando se busca o significado do verbo respeitar, temos: ”Não causar prejuízo a alguma coisa; respeitar o bem do próximo; tratar com atenção, poupar; guardar decoro que convém à sua situação, à sua dignidade.”

                Fui buscar o sentido da palavra, para certificar-me que é artigo raro, raríssimo. Como diz o dicionário, respeito é um sentimento. E de sentimentos parece que há uma triste escassez.

                Há sim, abundância de paixões, explosões de violências, veneração cega por costumes e modismos. Aliás, a moda agora é ser feliz. Todos, obrigatoriamente, tem de se mostrar felizes, satisfeitos, vencedores, pois se não passar esta imagem, quem sabe, vão rotulá-los de antiquados, senão de fracassados.

                E já que houve um paralelismo nesta reflexão, podemos ir a outra grande mentira, que é dizer que o povo brasileiro não é preconceituoso. É, e parece que está piorando, pois o errado parece o certo, quem age na ética e na moral, corre o risco de ser exótico e anormal.

Não é à toa que o Exmo. Presidente da Suprema Corte, Dr. Joaquim Barbosa, tem sido tão aplaudido. Pois tem respeitado a quem merece respeito,  e o faz com conhecimento de causa. Mas pessoas assim são como trevos de quatro folhas.

                Voltando à história da Felicidade, atual “missão” de todos, vem descambando para o hedonismo, aquela mesma filosofia grega que afirmava que o prazer é o supremo bem da vida humana. Não percebem que prazer não é felicidade. Pode ser no máximo uma felicidade rasa, instantânea, descartável. Possuir o objeto (seja objeto mesmo ou pessoa) de desejo a qualquer custo, que seja  por momentos, é o ideal máximo.

                E assim, a felicidade – que não é a Felicidade real – se consome em um átimo. Para compensar, porque é preciso ser feliz de qualquer maneira, pois afinal além do Prazer, a felicidade se confunde com Sucesso, as pessoas vão se atravancando, se empurrando pelo mundo afora, atrás de comprar o que for parecido com felicidade. Se não tem o capital em espécie, faz outras trocas, não importa, entra em competições, vai atropelando, sem olhar para os lados, já não estaciona onde se deve, mas onde se quer, isto, fisicamente falando, nas ruas, e também na sua vida de relação. Já não consegue ver o quanto fere o outro(a) com sua atitude predatória, nessa roda viva de ansiedade sem fim, que a tudo contamina ao redor.

                Parece que estou exagerando, mas infelizmente, o que tenho visto é o oposto ao respeito, é a falsidade, a desconsideração, o perjúrio, a ameaça.

No mês do Natal todos ficam mais bonzinhos e generosos. Seria bom que se conseguisse parar o ritmo feérico e que todos refletissem nesse artigo raro, e se imbuíssem da vontade de presentear a todos ao redor com este sentimento – o Respeito  - adicionando um novo significado  - a Reverência . Então  façamos o possível para agirmos dignamente e  assim também sermos tratados.

Alex Hudson
Rio Bonito - RJ

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)