São
recorrentes as queixas contra as forças policiais. Reclamam do excesso de truculência
, mas no entanto, notícias de primeira página sobre policiais mortos em serviço
são raras e pouco vendáveis, embora mais frequentes do que as estatísticas
mostram.
Em
geral dá mais ibope narrar a crueldade e a dor das vítimas e o pavor urbano nas
ruas. Se a população trabalhadora e honesta tem demonstrado perda da gentileza
e tolerância para o próximo, o que dizer dos criminosos cuja linguagem são as
armas e violência extrema?
Há
muito vivemos uma guerrilha não falada, e se tiver de comparar a eficiência da
polícia de outros países com a nossa, compare-se também a qualidade de vida, o salário, e por outro lado
nossas favelas com seus labirintos medievais.
Não
estou cego à realidade que existe desvios e excessos, mas eu creio que a
maioria dos policiais nos protegem por
vocação, espírito de justiça e vontade sincera de manter a ordem. Mas isto não
basta, educação de qualidade, combate contra as drogas, controle de natalidade,
valores de vida redimensionados, enfim, a responsabilidade tem de ser
compartilhada por toda a população, e não ficar assistindo à distância, como se
fora um filme do Bem contra o Mal.
Quem reclama
da atuação dos policiais, pense numa cidade sem eles, cada um agindo por si,
defendendo-se a qualquer custo. Quem se horroriza com atos violentos, imagine-se na posição de ter de se defender
ou à sua família, imagine o caos estabelecido, uma terra sem Lei... vamos então
observar melhor, avaliar om clareza as nossas necessidades de segurança, e
valorizar mais aqueles que realmente se propõem a nos proteger.
Alex Hudson
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