Um dos grandes entusiastas com a chegada da Indústria de Rações Patense ao município de Tanguá, o presidente do Legislativo tanguaense, Luciano Lucio (PSDB); esteve visitando, ao lado do prefeito, Váber Carvalho (PTB), a área que vai abrigar a empresa. Eles foram recebidos por Fernando, gerente da Patense. O empreendimento vai gerar 150 empregos diretos e será erguida em Mutuapira.
– Eu quero destacar a importante atuação da Secretario Municipal de Meio Ambiente, o empenho do prefeito Valber, que viajou para conhecer as instalações da empresa; lembrar que ela vai resolver um problema do setor pesqueiro do Estado do Rio de Janeiro; e frisar que ela chega chancelada pelo Instituto Estadual de Ambiente (Inea) e o MAPA, uma das maiores autoridades do setor ambiental – informou.
A Patense tem 45 anos de existência e é considerada uma das maiores do Brasil no setor. Em Tanguá, a indústria vai beneficiar pescado e fabricar ração para peixe. De acordo com o vereador Luciano Lucio, além de resolver problemas que o setor pesqueiro fluminense enfrenta, por conta das leis ambientais e protocolos exigidos por órgãos reguladores, a geração de postos de trabalho em Tanguá num tempo onde a economia está retraída é muito importante.
– O pescador tem dificuldade de descartar o que sobra da limpeza do peixe. A especialidade da Patense é beneficiar esse produto que é transformado numa proteína que acaba sendo base para uma série de outros produtos, inclusive, rações. Os ganhos são muitos. Ganha Tanguá, que passa a contar com um contribuinte de grande porte em seu território, inclusive, a Patence poderá atrair outros empresários para o município; ganha a Patense, que estará próximo do Rio de Janeiro e do seu setor pesqueiro; e ganha o cidadão tanguaense, que terá oportunidade de empregos diretos e indiretos – analisou o vereador.
Farinha de peixe
De acordo com o diretor do Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Sub Produtos de Origem Animal (Sincobesp), Carlos Braido, há alguns anos a exportação e aumento de negócio com clientes externos é o grande objetivo das gigantes do setor. Ele lembra que para vencer este desafio, a primeira etapa é pensar na qualidade das farinhas produzidas pelas fabricantes nacionais, “que envolve desde a coleta e incorporação de matérias-primas até o processo industrial”.
Uma série de eventos fortaleceu o setor e a possibilidade de lucro com esse novo negócio colocou o assunto na agenda do governo e dos principais investidores do país nos últimos anos. Em 2011 o Sincobesp promoveu na sede Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o 1º Fórum Qualidade de Farinhas de Carne e Ossos. O evento contou com a participação de pesquisadores, profissionais e empresários que administram graxarias, rações, frigoríficos etc. Na ocasião foram debatidos inúmeros pontos técnicos, científicos e práticos para o incremento do setor.
Especialistas como o médico veterinário, Ronaldo Linares Sanches, do Laboratório Nacional Agropecuário de Minas Gerais (Lanagro-MG), explicam que para conseguir exportar, as empresas brasileiras precisam entender a demanda da nação importadora.
– Essa compreensão e foco na exigência do cliente externo são determinantes para o início das negociações com o mercado internacional. Por isso tenha um checklist do que o importador irá exigir – alertou Sanches acrescentando que a falta de qualidade dos produtos afastam o interesse do comprador internacional.
Visando atender essa demanda e expandir ainda mais os negócios, a Indústria de Rações Patense chega a Tanguá, com a certeza de retorno financeiro, proximidade de um dos principais setores pesqueiros do país; e também de um dos principais centros de exportação do Brasil.
Fonte: ASCOM - C.M.T.
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