Frequentemente estes atletas têm de que se sujeitar a exigências e privações que de modo algum condizem com sua disposição e fibra de representar seu município, estado e mesmo país.
Quando obtém a satisfação de serem chamados para competições internacionais, não raro passam por sofrida via crúcis para conseguirem comparecer ao evento.
Conheço este menino desde criança, sei da sua luta desde então, morador da Serra do Sambe e bem sabemos que até aqui o esporte o ajudou. Sexta-feira (15/04) por volta das 2:30 da manhã, a minha irmã e madrinha de batismo de Leandro o levou até o Aeroporto Santos Dumont, pois ele e seu Professor Vagner Ferreira Menezes estavam a caminho de mais uma competição de Taekwondo, seu esporte de coração.
O menino franzino hoje é um homem feito, pai e cidadão exemplar, quinta-feira (14/04) ainda trabalhou e quando saiu do seu turno, recebeu todo apoio de amigos do trabalho. Mas bem sabemos que ser um atleta envolve muitas coisas e gastos, além da disciplina, da determinação pessoal, e a torcida dos amigos e parentes.
Em nossa cidade, o atleta tem de se desenvolver e sustentar, tem que “se virar nos trinta”. Alguns rio-bonitenses ajudaram nesta empreitada, até mesmo Victor Hugo, de 3 anos, pois sem poder dizer não, teve seu cofrinho arrombado pelo seu pai Leandro Alves. Sim, o nosso atleta é pai de um lindo menino de 3 anos e contou todas as moedas do cofrinho do Victor para inteirar a passagem. Eis aí a realidade dos atletas rio-bonitenses, rogo a Deus que vocês compartilhem este relato, pois o nosso atleta e seu professor saíram de Rio Bonito rumo à Argentina endividados, mas esperançosos, rumo a vitória, pois estar lá já é uma vitória, porém naquelas terras do bolero, de Astor Piazzolla e Mercedes Soza, eles nem sabiam onde iriam dormir na primeira noite, mas foram na Graça e na Fé de Deus. Vamos juntos tentar ajudá-los, prestigiá-los, aplaudi-los!
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
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