sábado, dezembro 17, 2011

Evaldo Peclat Nascimento





Os serviços de marcação do terreno e gabaritos para a fundação das obras de construção da nova rodoviária municipal de Silva Jardim estão previstas para começarem na próxima semana. No momento, os trabalhadores retiram os entulhos da demolição do antigo terminal, que ocorreu na última terça-feira (13/12) por nove homens com uma retroescavadeira (conforme mostram as fotos abaixo) e uma serra elétrica sob a supervisão do engenheiro Luiz Raposo, da empreiteira FGC Pavimentação e Construções. Segundo ele, se a chuva não atrapalhar, já na quarta-feira (21) deverão ser definidos os pontos e cotas para a armação da estrutura. De acordo com o projeto, o novo prédio ocupará todo o terreno (como a ilustração em destaque) onde estava o antigo, que ocupava apenas metade da área. Para isto, também foram derrubadas todas as árvores do local e removidos a banca de jornais e a do chaveiro, assim como o ambulante de venda de caldo de cana. Detalhe ecológica, ornamental e historicamente correto: uma velha árvore existente na extremidade direita da parte de trás do terreno, cujo tronco há anos inclusive abriga um ninho de corujas, será mantida e funcionará como a única lembrança viva -- e muda -- do desaparecido ponto de embarque e desembarque.

O secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, José Américo Espíndola, explica que a nova rodoviária terá dois pavimentos (a antiga tinha apenas um), sendo que o primeiro piso abrigará, ainda, a banca de jornal e a do chaveiro, assim como terá espaço para o vendedor de caldo de cana. A área do entorno do antigo bar e lanchonete (que também está contemplado na planta) será acrescida com uma espécie de “praça de alimentação”. Terá, além disso, um compartimento para a Guarda Municipal e “achados e perdidos”, sanitários (masculino e feminino), bem como espaços para outras duas lojas (todas serão concedidas mediante licitação) e instalações para telefones públicos. A obra, executada com recursos próprios, está avaliada em cerca de R$ 2,2 milhões e o prazo previsto para a entrega é de seis meses.

A plataforma de embarque e desembarque ficará no mesmo ponto em que ficava a do antigo terminal, no lado esquerdo de quem entra, na Rua Manoel José Valente, com um dos acessos para pedestres. Só que com os espaços para os ônibus estacionarem em forma de baias (um ao lado do outro), em número de seis (3ª e 4ª ilustrações abaixo). No lado direito, com entrada pela Rua José Pergentino de Freitas (do trailer da Marineis) ficarão as baias para estacionamento de vans (três) e táxis (seis), com a outra entrada lateral. O novo terminal terá quatro acessos, sendo que dos outros dois um será pela frente, através da Rua Augusto Antônio de Amorim, e o outro pela retaguarda onde também terá uma área descoberta de circulação interna de veículos e passageiros, e as laterais com coberturas apoiadas sobre pilotis em forma de "V", além de estacionamento para motocicletas (como mostram as 1ª e 2ª ilustrações abaixo).

No segundo pavimento, haverá as salas para a administração, depósitos da Guarda e da lanchonete, copa dos funcionários, área de circulação de serviços e banheiros para portadores de necessidades especiais (o acesso será através de um elevador). O prédio terá toda a estrutura em concreto armado e alvenaria. A área de embarque e desembarque contará com perfil e cobertura em telha metálica, além de piso em concreto estampado. O piso das áreas de manobras dos coletivos será em paralelos.

Todas as lojas, salas e instalações sanitárias, bem como as áreas de circulação internas terão revestimento em porcelanato de lajotas 30x30. Haverá acabamento em textura e em pastilhas na fachada. O novo terminal também faz parte das obras de revitalização e embelezamento do Centro da cidade, que começaram há algumas semanas pela construção da rotatória que fica no entroncamento em frente ao mesmo.

A antiga rodoviária dispunha de espaço apenas para a plataforma de embarque e desembarque, onde os ônibus estacionavam uns atrás dos outros; além de um bar (de frente para a rua principal), e os banheiros, assim como um espaço que era usado como depósito do bar, e outros dois que estavam desocupados mas que chegaram a abrigar as sedes da Guarda Municipal e da Defesa Civil. Ela foi construída e inaugurada no governo do prefeito Aarão Lopes da Silveira, na década de 1970. Segundo o engenheiro, os antigos telhões retirados do prédio demolido, assim como os bloquetes sextavados do calçadão de uma das laterais, deverão ser reaproveitados em outras construções do município.

Local provisório de embarque e desembarque

Com a demolição do antigo terminal, desde a última semana os coletivos estão fazendo ponto final de embarque e desembarque na Rua Raul de Macedo, localizada ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora da Lapa. O mesmo acontece com os táxis e as vans. Os comerciantes que ocupavam o bar da rodoviária conseguiram junto ao pároco a cessão do antigo trailer de madeira existente na subida da igreja, onde funcionava o brechó da paróquia, para instalar provisoriamente a lanchonete, que atende desde a última terça-feira (13/12). Eles aproveitaram para fazer uma cobertura que é usada como área de serviço ao bar e abrigo para os passageiros, com mesas e cadeiras onde estes podem se sentar. Também solicitaram -- e a Secretaria de Obras ficou de instalar -- banheiros químicos a fim de servirem tanto ao comércio quanto aos usuários dos coletivos, já que o bar não dispõe de sanitários.





* Clique nas Imagens acima para melhor visualização.


Fonte:

P.M.S.J.

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
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e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
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Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)