quinta-feira, fevereiro 23, 2012



Há pessoas que escolhem não ter qualquer culpa em sua consciência. Fazem suas próprias leis e perdem a capacidade de ver os limites de seus atos.

Outros nem percebem se erram, se ferem ou prejudicam quem lhes quer bem. Não tiveram a oportunidade, ou não quiseram desenvolver a sensibilidade.

Por outro lado, há aqueles que se culpam por não conseguirem acertar, e ao gerar ansiedade devido a isso, caem em outros erros, aumentando o ciclo contínuo de falhas.

Devemos aprender a sabedoria oriental, que nos convida a trilhar o caminho do meio, onde o hábito da meditação e a auto-avaliação diária nos mostra que na verdade, a culpa é um reflexo de sentimentos básicos de orgulho e vaidade, e estes sim devem ser expurgados.



A consciência que somos humanos e desse modo falíveis, nos mostra a realidade que estamos vivendo, esta grande escola onde há oportunidade de contínuos aprendizados, e que a vida nos mostra onde devemos aprender e superar as faltas. Se erramos por não sabermos, e observamos o caminho certo, o erro maior será não nos esforçarmos para evitar a repetição dos mesmos.

Muitas vezes ficamos anos a fio ignorantes das falhas, e, no entanto, sempre prontos a apontar os erros do próximo.

Daí a necessidade de criar o hábito da reflexão, verificar o que não está correndo bem em nossas vidas, e vermos se é hora de ter paciência e resignação, se é hora de empreendermos novos caminhos, tentarmos de novo, mesmo sob risco de novos erros, além de novos aprendizados.

Não convém a assiduidade de queixas, culpando circunstâncias, fatos, pessoas, o que invariavelmente aprofunda as perturbações, ou permitir que a culpa congele as emoções, o que faz com que a pessoa se transforme em alvo fácil da espiritualidade sombria e perversa.

É fato que somos donos do livre arbítrio, mas devemos aprender a usá-lo para o burilamento próprio, sabedores que somos muitas vezes instrumentos, e que nunca nossas ações são solitárias, sempre reverberando ao redor.

Débitos e erros, com certeza, acumularemos ao longo de nossa existência. Devemos buscar os caminhos de resgate, sem desperdiçarmos tempo em lamentos inúteis, mas buscando momentos certos, o equilíbrio necessário. E claro, sempre prosseguir.....




Alex Hudson
Rio Bonito - RJ

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)