Acorda Brasil!
É muito interessante, quando estamos tão concentrados, e recebendo impactos diretos do gigante que se tornou o COMPERJ, verificar que diante da velocidade feérica da economia mundial, este arrisca tornar-se um enorme elefante branco antes mesmo de sua efetiva consolidação.
Escrevo isso ao verificar as palavras da atual Presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, logo ao assumir, sobre seu interesse em aumentar a participação da Petrobrás na obtenção de etanol(!!!!!).
Segundo suas palavras: "Vamos aumentar nossa participação em etanol por razões econômicas. Quando você não tem o etanol vai buscar gasolina fora para não perder mercado".
O jornalista Sérgio Resende ainda registrou em seu discurso: “Aumentar a participação da Petrobras no mercado de etanol é uma das metas. A ideia é trabalhar para que, em um prazo de cinco anos, a companhia tenha a liderança desse segmento. Nós vamos fazer, por questão econômica, aumentar nossa participação no etanol. Mas não é no estalar de dedos. Começar a trabalhar o etanol leva um tempo. Dois, três, quatro, cinco anos para que nós alcancemos a posição número um no mercado de etanol. Nós vamos estar trabalhando de forma muito focada no resultado econômico no nosso crescimento no etanol".
Num momento em que o Estados Unidos abriu seu mercado nesta direção, está havendo uma silenciosa corrida do ouro em estudos, prospecções e metas para aumentar a produção do etanol.
Marcos Sewaya Jank, presidente da União da Indústria da Cana-de-açucar (Unica), citou:”Se não temos produto hoje, não significa que não teremos no futuro, em 2020. O etanol é uma das poucas alternativas viáveis para o mundo pós-petróleo, de baixo carbono. O petróleo é escasso, altamente poluente e, quando os EUA decidem abrir seu mercado, isso fica ainda mais claro”.
Em relação à tecnologia adquirida da cana, o processo brasileiro é o mais avançado pois para cada unidade de energia utilizada no processo é gerado cerca de 8 unidades de energia na forma de etanol enquanto no processo americano essa relação é de cerca de 1 para 1,3 atualmente . O processo frances, por exemplo alcança a marca de 1 para 1,5 . Alem disso no processo brasileiro começa a tornar-se cada vez mais comum a utilização do bagaço da cana , sobra do processo , para a geração de energia elétrica
Grandes usinas como as de Mato Grosso já estão na corrida, saindo da tradicional produção de etanol a partir da cana-de-açucar, para a obtenção deste a partir do milho, do sorgo, e mesmo biomassa de celulose a partir do lixo que se obtem em todos os municípios do território nacional, mostrando claramente a característica do brasileiro de adaptabilidade e enorme criatividade. Como a meta é a obtenção de créditos de carbono, a produção será a mais limpa possível.
A Natureza agradece, e devemos ficar ligados nesta escalada, que deverá a real tendência dos anos vindouros, e eis que brilha sim, uma luz de sustentabilidade e despoluição para o mundo, e claro, fortalecimento do PIB (Produto Interno Bruto ) brasileiro.
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
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