quinta-feira, março 15, 2012


Outro dia eu estava brincando a respeito de um jeguinho riobonitense, mas hoje vi uma notícia que me entristeceu. O jegue nordestino faz parte da cultura de um povo e de uma era, enfrentando todo o tipo de intempérie, trabalhando de sol a sol pelos caminhos mais íngremes e improváveis, fazendo companhia a seus dono, carregando suas cargas tão pesadas, muitas vezes o seu peso.


Só que agora o transporte da vez são as motocicletas, que tem causado inúmeros acidentes nas rodovias nordestinas, e nos trajetos urbanos, mas ocorre que quem um dia amparou o homem nordestino, constituindo-lhe força de trabalho barata e potente, tornou-se anacrônico, e o preconceito mais uma vez está condenando uma espécie animal à uma alteração de rota dos seus verdadeiros fins existenciais.

Foi um jornalista norte americano que identificou a ingratidão do homem, ao fazer uma reportagem para o jornal “New York Times” onde escreveu: “Após séculos de serviços prestados, o animal símbolo do Nordeste foi trocado por tratores e jipes como força motriz e meio de transporte. Abandonados pelos donos, os bichos viraram uma praga e já foram banidos de algumas cidades. Guamaré contratou guardas para impedir que eles comam a grama das praças. A prefeitura de Currais Novos foi ainda mais longe e, para impedir o fluxo dos visitantes indesejados, recrutou um "apanhador de jegues" oficial. Ele laça, toda semana, uma dúzia de animais que, se não reclamados pelos donos, são vendidos nas cidades vizinhas. Com isso, a oferta cresceu e o índice "Dow Jegue" despencou a ponto de – suprema humilhação – o quadrúpede custar menos que uma galinha.



A humilhação e o sofrimento estão longe de acabar, pois a China voltou seu olhar para o nosso pobre jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio de jegues – também conhecidos como jumentos ou asnos, utilizados na indústria chinesa de alimentos e cosméticos. Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, desviando-os assim de sua verdadeira natureza, que é ser animal de carga, de trabalho, de arado, para serem, sabe Deus como, abatidos e virar comida. Sabemos que os chineses não primam pelo Bem Estar Animal. As condições em que estes e outros tantos jegues serão expostos antes de morrer, devem ser cuidadosamente observadas, porque nenhum animal, e sobretudo estes, não podem ter um destino cruel de abate sem o devido respeito, se não lhe resta outra alternativa, que deveria estar sendo providenciada pelos brasileiros, para preservar e honrar este animal que durante centenas de anos foi tão importante.


Assine o abaixo-assinado CONTRA A CRUEL EXPORTAÇÃO DE JEGUES PARA A CHINA!

Mande um email para o sr. Jose Simplicio Holanda através deste formulário - Acesse Aqui.

Mande um email para o Ministério da Agricultura através deste formulário: Acesse Aqui.



Alex Hudson
Rio Bonito - RJ

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)