O rito do Natal em todas as famílias cristãs sem dúvida deixa a atmosfera mais leve, pelos pensamentos de Amor, reencontro, troca, acolhimento que ele inspira, ou pelo menos deveria ser assim....
Todos deveriam lembrar que é o aniversário daquele que é nosso Mestre, a representação da data em que ele chegou encarnado em nosso planeta, em condições inóspitas, envolvendo uma fuga da perseguição de Herodes , que dera ordem de matar todos os bebês , com o objetivo de matar quem seria o “Rei dos Judeus”.
Jesus nasceu em Belém, época em que José e Maria estavam na localidade para fazer o recenseamento exigido pelo Imperador Cesar Augusto. Na ocasião, Maria entrou em trabalho de parto e Jesus nasceu em uma simples estrebaria.
Lembramos ainda que os três reis magos - Melchior, rei da Pérsia; Gaspar, rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia - aguardavam a chegada de Jesus, e orientados pela estrela guia, foram a Herodes perguntar por seu paradeiro. Isto alertou Herodes, que deu início a perseguição. Porém na mesma noite, José foi orientado por um sonho e empreendeu, com Maria e Jesus , a fuga para o Egito. Mas os reis magos conseguiram encontrar o Menino Jesus, e lhe entregaram três presentes místicos : ouro, incenso, a mirra.
O ouro significa a Sabedoria Universal; o incenso simboliza a Fé; e a Mirra, a vitória sobre a morte.
Dois mil e quatorze anos passados, estamos aqui, na mesma desigualdade social de outrora. As comemorações, quando existem, esquecidas da miséria e fome, são soberbas ou regadas a vinhos caros e champanhe, pratos sofisticados e muita, muita abundância, Não raro não condizentes com a situação econômica da família, que consome em uma noite o seu 13º, ou pior, se endivida com o cartão de crédito, para comprar a mesa farta e presente “adequados”, acima de suas possibilidades, e por conveniência até para pessoas com quem não tem tanta afinidade assim.
É claro que esta é a melhor data para se comemorar, mas não cabe ostentação, e sim despojamento. A vida de Jesus menino foi simples e adulto, tornou-se ainda mais despojado e desapegado, tendo apenas suas alvas túnicas e se alimentando do que fosse possível obter no dia a dia.
Vejo nas novelas e na vida real tanto desperdício, de alimentos, de presentes caros e supérfluos....
Gostaria de pedir para refletirem sobre o que fazer das fartas sobras de suas ceias. Podem doar para os menos favorecidos, podem mesmo congelar para reaproveitarem na ceia de Ano Novo, ou ser consumida aos poucos. Apenas não desperdicem, nem deixem estragar comida, meus amigos e amigas. Ainda neste ano de 2014 do Senhor Jesus, um bilhão de pessoas no mundo estão passando fome, crianças e idosos morrendo de desnutrição. Então, por respeito a elas, se não podem ajudar diretamente, pelo menos não desperdicem alimentos, transformem seus gastos supérfluos em investimentos úteis, ou tentem auxiliar os mais necessitados, sempre que puderem.
Distribuam um pouco do que for excesso, deem menos valor aos nomes de marca, às propagandas, pois há sempre produtos semelhantes a preços mais acessíveis....
Pois o que importa não é a ostentação externa, em muitos lares se transforma o Natal. Não é aquela reunião “chata”, o encontro “brega”, as “aparências”, ir por obrigação.
Nada disso, o Natal é celebração íntima, um encontro espiritual com Jesus, uma forma de mostrar que somos seus seguidores.
Mas, no mundo que vale a pena, aquele que é distante das ilusões dos sentidos, posição ou poder, no mundo do Mestre Jesus, cristão verdadeiro é quem faz por merecê-lo. Não pela religião, mas pelas palavras e atitudes.
Vamos refletir e pedir a Jesus orientação para sermos cada vez mais simples, verdadeiros, generosos. Vamos aprender a caridade de aceitar o irmão, não julgar, não subjugar e dividir o excesso pelo prazer de compartilhar, e pela luta pela igualdade.
Todo dia pode ser Natal.
Todo dia podemos comemorar nosso renascimento pessoal junto aos significados que nos trouxe o Mestre Jesus.
Alex Hudson
Rio Bonito - RJ
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