FALAR A VERDADE SEMPRE – A realidade dos fatos é que o Estado não tem feito os repasses para a UPA de Rio Bonito como deveria, já há algum tempo. Negar isso seria no mínimo uma irresponsabilidade.
A falta destes repasses vem trazendo sérios problemas para o município, e da mesma forma, a falta de repasses de verba estadual para o Hospital com certeza tem trazido prejuízos inestimáveis, e tudo isso tem que ser reposto aos cofres públicos municipais.
O custo de uma UPA é alto e podemos considerar que já passou da hora de entregar aquele “elefante branco” ao Estado e investir os poucos cobres que existam no Hospital. O atraso no 13º, o atraso em pagamento, tudo ocorreu indiretamente pelo custo UPA, mas a cidade não pode parar.
Tem de haver uma atitude por parte da mandatária, e também sei que há a intenção da mesma em devolver o tal “elefante branco” ao Estado. Porém, o Estado faz tipo uma ameaça aos prefeitos que tentam entregar estas unidades, pois sem o “din din” dos royalties do petróleo, o Estado não tem como mantê-las.
Outra VERDADE é a utilização das nossas unidades não só as de saúde, por outros municípios, e isso não é de hoje. Sempre foi assim, dentro do tal “elefante branco” (a UPA), não se pode negar atendimentos a estes municípios, muito menos dentro do Hospital. Nas unidades municipais, tal atendimento poderia ser negado, porém não é isso o que ocorre. A proximidade com tais municípios nos fazem vizinhos e aí entra o coração humano e não deixam de atender a estes, mas nos dias atuais de tantas dificuldades, a gestão destes locais terá de ser mais racional, de modo que os atendimentos sejam realmente dirigidos apenas aos rio-bonitenses nas unidades municipais.
No entanto, é importante ressaltar que Rio Bonito também usa outros municípios para atendimentos médicos. Os rio-bonitenses utilizam os serviços médicos de Saquarema, Araruama, Cabo Frio, São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro, é só perceber os transportes de pacientes diariamente feitos pela Secretária de Saúde. Outro município que ultimamente estamos usando muito é Tanguá, então não é só nossa cidade que tem gastos extras em atendimentos dos “forasteiros”.
Mudando de assunto, vamos comentar sobre nosso carnaval, ou como deveria ser o nosso carnaval. Acredito que daria sim para ser feito, uma ajuda pequenina aos Blocos e que eles façam o carnaval na medida do possível. Melhor que proibir desfilarem no centro da cidade, melhor que deixar a festa passar, pois nem todos da cidade tem condições financeiras para sair do município e usufruir estes dias. Além disso ainda há o comércio local que está sendo prejudicado e não é de hoje.
Há sim muitos problemas em nossa cidade, e em todas as áreas, isso não pode ser negado por quem compõe o governo. Já passou da hora do atual governo, junto com o povo, tentar soluções, no caso das festas, poderiam tentar levantar junto aos empresários da cidade a verba para os blocos e tornar pública esta intenção. Caso não houvesse colaboração da classe empresarial, que isso viesse a público para que fossem tomados outros rumos, mas de alguma maneira, tal como em outros tempos, a população pudesse brincar nas ruas de maneira saudável e unida nestes dias de folia .
Pelo estado que as coisas chegaram até aqui, pela situação que está a nossa pobre e querida cidade, podemos deduzir que doravante qualquer prefeito(a) eleito(a) não poderá administrar sozinho uma cidade de pequeno porte como a nossa, sem dar qualquer satisfação de seus atos, ou utilizar seu Poder Executivo ignorando as necessidades e a vontade da população. Não suportamos mais, nem podemos nos dar ao luxo de nos furtar a ter perdas e muito menos gastos desnecessários, com o que não abraça todos os munícipes. Nem tampouco não devemos permitir o extermínio do município, o extermínio de sua cultura e de seus costumes por causa de crises. A única solução parece ser a que devemos nos UNIR e tentar procurar soluções que irão melhorar o quadro precário em que se encontra a nossa cidade.
A verdade, meus amigos é que ninguém vai sentar lá na cadeira e com um “abracadabra” resolverá todos os problemas. A aproximação da administração municipal ao povo é necessária, e esta aproximação já está em atraso, pois de nada vai adiantar as negações, de nada vai adiantar as denúncias, pois não há dinheiro e isso é público e notório e nas três esferas, Federal, Estadual e Municipal. De quem é a culpa(?), sinceramente é NOSSA, pois não aprendemos a votar em nossos vereadores, em nossos prefeitos, em nossos deputados estaduais, em nossos deputados federais, em nossos senadores e muito menos em nossos presidentes. O mandato está no fim, mas volto a repetir, não contem com abracadabras do próximo que assumir, pois todos os caminhos no momento estão estreitos, pois vivemos uma crise de dimensão continental. Com certeza muitas coisas irão melhorar, mas nada substancial, nada que será notado visivelmente nos primeiros momentos, pois antes de tudo há a necessidade de compensar os déficits, o “gap” enorme que foi permitido que se formasse. Estamos sim com sérios problemas, temos o direito de reclamar, mas também temos que analisar o que realmente anda acontecendo com o Município e não estou aqui dando uma de advogado do “diabo” e sim tentando explicar o que penso conhecer.
Estejam todos em paz e vamos seguir com nossas cobranças e solicitações, e que o atual governo nos dê explicações e não insultos, pois somos habitantes desta cidade, eleitores e principalmente contribuintes e merecemos respeito, tal como a mandatária o merece, mas fica como dica o seguinte:
“Se querem respeito, terão que respeitar primeiro o povo e se fazer respeitar. O respeito não se compra ou se pede, ou se negocia, RESPEITO VERDADEIRO é algo que se conquista, equalizando direitos e deveres, pautando uma conduta transparente em todo a trajetória, é trabalho árduo, contínuo, incansável e incorruptível. Não é alimentar sistemas patriarcais e assistencialistas, é saber a parte que lhe cabe na condução do povo, e esperar a contrapartida de uma sociedade madura, colaborativa e autossuficiente.
Alex Hudson
Rio Bonito – RJ
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