Nadelson Costa Nogueira Junior
O sábado de carnaval demonstrou a face obscura de Rio Bonito, que todos comentam pelas ruas, mas fica difícil de assumir: – A cidade está literalmente abandonada. Foi triste ver as famílias se dirigirem ao Mercado Municipal, na esperança de encontrar, ao menos, um ponto de encontro e de resistência em nome da cultura local, enquanto que a recepção se fazia com o vazio, o silêncio e a tristeza a cada gole da cerveja nos bares. Literalmente, vi os pais retornarem aos seus lares, com o nó na garganta, porque seus filhos e filhas estavam fantasiados de mascarados e princesas, querendo brincar com os amigos.Ironicamente, o Governo Solange Pereira de Almeida demonstrou incapacidade gestora desde o início, enquanto que o Carnaval da cidade morreu, quando, depois de muito tempo, a Secretaria Municipal de Cultura foi instalada, demonstrando que o dinheiro público não é utilizado com racionalidade ou eficiência, mantendo um grupo de apadrinhados políticos que não fizeram o dever de casa e que não se preocupam com a cidade e sua respectiva sociedade.
A sensação de abandono se fez latente no carnaval de 2016, quando o governo não fez anúncios ou, sequer, se esforçou na tentativa do diálogo e da participação privada na realização do evento no Mercado Municipal. Pelo contrário, o Governo fechou as portas aos blocos e ao movimento popular, porque isso exigiria a disponibilidade da Guarda Municipal, da ambulância do SAMU e do quadro da saúde, que se converteriam nas horas extras, que foram pagas aos apadrinhados ao longo desta gestão, de forma subjetiva e aleatória.
No final, o povo perde de todas as formas.
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